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quinta-feira, 22 de março de 2018

Patrimônio Cultural corre risco de ser Destruído por Empreendimento Imobiliário em Santa Luzia


Vestígios da "Fazenda da Baronesa", dos mais antigos bens culturais da região do São Benedito, corre risco de ser destruído por Empreendimento imobiliário. 

Um empreendimento da empresa Tenda Negócios Imobiliários S/A, que prevê a construção de quatrocentos e vinte apartamentos no Bairro Belo Vale, região do São Benedito, coloca em risco de desaparecimento importantes vestígios da Fazenda das Lajes, mais conhecida como Fazenda da Baronesa, onde ainda existem estruturas de pedra da antiga propriedade, que foi uma das mais importantes de Santa Luzia.

A empresa está construindo um condomínio denominado Residencial Vista do Sol, com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida, na Avenida Adair de Souza, 500, em um terreno com área de 20.874,00 m².


O problema é que a obra está sendo realizada no terreno situado bem ao lado da sede da Fazenda da Baronesa, onde, segundo informações de antigos moradores, existiam as senzalas e outras estruturas da propriedade, inclusive um antigo “tronco de escravos”. As obras, segundo consta, não tiveram estudos prévios de impacto no patrimônio histórico e não foram aprovadas pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural. A edificação de diversas torres de apartamentos também coloca em risco o entorno e a paisagem da antiga Fazenda, que foi o berço de dezenas de bairros da cidade.

De acordo com fontes históricas do século XIX, a Fazenda era um entreposto para distribuição de gado, sal e outros produtos que eram trazidos da Bahia para Minas Gerais. No local também havia engenho de cana de açúcar, moinho, senzalas e uma Capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário.

A designação “Fazenda da Baronesa” decorre de ter sido propriedade de Maria Alexandrina de Almeida (1791-1879), a Baronesa de Santa Luzia, nascida em Barra (BA) e uma das mulheres mais ricas de Minas Gerais no século XIX.

O Ministério Público de Santa Luzia, por meio da 6ª Promotoria de Justiça, instaurou investigação e solicitou uma perícia no local por arqueólogos da Universidade Federal de Minas Gerais, que realizaram vistoria na área em 20/03/2018, pela manhã. A previsão é que o laudo fique pronto em 15 dias.

Fonte

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